sábado, 28 de outubro de 2023

ESPELHO DE MIM


Acho que hoje ainda não disse que te amo... Eu senti sede e fome de bem-querer. Você também confundiu paixão com amor? Pois eu já disse que te amo e que te odeio. Quantas vezes te segurei incontida! Não há o que eu não fiz, nem agora, nem depois, desde quando você adentrou em minha vida.

Será que a gente fez tudo o que podia? Sempre fui apaixonado pelos seus olhos, mas não bastou o que eu almejei pra nós dois. Estou confuso, e isso me consumia. De todas as queixas relacionadas a mim, de ter me prometido o mundo, e que, aliás, não me trouxe. Eu sempre quis que nunca tivéssemos um fim.

E com amor devorou-me. Embriagou-se. Será que foi capaz de fazer algo por mim? Enfim, por que projetou sentimentos assim? E por que você não vem logo para meus braços? Por você eu trago o céu, o mar, o mundo, já que você me pôs limites nos desejos mais vis. A minha vida, que não sua adentrou fundo.

Pra mim sempre está bom, desde que fiquemos juntos. Eu, que ouvi tuas lamúrias e desejos de que amor e paixão devem andar ladeados. Eu, que me porto somente como sei ser, e que não duvido, não fizemos nada. Meus olhos sempre se encantaram por você. Hoje não ouvi você dizer que me ama. 

domingo, 15 de outubro de 2023

VOANDO NO CÉU

 


Somos os “jovens, selvagens e livres” das letras de nossa favorita. E como ainda somos os mesmos meninos bravos e destemidos, o que será que pode acontecer? É bom ter você na minha vida, eu te desejo e nem sei explicar.

 

Eu penso em você todos os dias. Imagino o que esteja fazendo, de que forma estará vestida, se em casa ou então trabalhando... Já me vi até fazendo planos, mas não sei se estou projetando ou se é algo que ambos queremos.

 

Eu não sei bem lidar com a distância que estamos vivendo agora. É tão bom quando a gente conversa de perder até noção da hora, das lembranças que compartilhamos, de contar sobre o que a gente adora e das coisas que já vivemos.

 

Acabei de olhar suas fotos. Como sempre você estava linda! Fiquei um tempão vendo seu rosto, os seus gostos e as suas manias. Pensei no quanto a gente mudou, mas ainda somos dois meninos e nosso tempo ainda não passou.

 

É certo que o futuro é incerto. Se os caminhos vão se descruzar ou se agora a gente dá certo, nos resta ir mais do que esperar. Ter mais de uma canção é ser clichê? As letras traduzem o meu falar: Meu amor, eu vou voar com você.

 

Assisti a um filme e ri sozinho. Seu sorriso bem ali na tela. Que bom ter você no meu caminho, nossa história dava uma novela. Embora eu não saiba o que dizer ou achar as palavras mais belas para o amor que não sei expressar. •

terça-feira, 9 de junho de 2020

IBOVESPA ALTO E DÓLAR BAIXO NÃO SIGNIFICAM ECONOMIA FORTE


Dia desses, eu mandei um áudio em um grupo de WhatsApp dos meus amigos de infância dizendo que estou lançando um livro sobre a relação que temos com o dinheiro, quando um deles me pediu para fazer uma projeção econômica para os próximos tempos. De imediato mandei outro áudio, de quase quatro minutos, tentando explicar um pouco desse emaranhado de manobras que se correlacionam entre si chamado economia. Como vi que ainda assim ficou confuso, mandei outro de poucos segundos resumindo tudo (por mais simplista que possa parecer, salvo casos de extrema pobreza, o impacto da economia em cada pessoa só depende de como elas lidam com seu dinheiro sem esperar nada do governo. Quem se prepara mais, chora menos).
Bom, não sou economista, mas como escrevi um livro tentando traduzir a sopa de letrinhas para português claro, acho que vale aqui dar uma amostra de que o básico da economia é algo que qualquer pessoa pode entender, desde que simplesmente preste atenção.
Obviamente não estou falando sobre as teorias fantásticas que envolvem cálculos gigantescos, mas do básico do básico, e é isso o que meu novo livro propõe. Uma vez que se entende que basicamente o que move a economia a é a lei da oferta e da procura – que diz que quando a produção de bens e serviços se torna maior que a necessidade que o consumidor tem de comprá-los, as empresas baixam os preços como forma de reduzir seus estoques, isto é, quando há um aumento na quantidade das coisas no mercado, os preços caem. E vice-versa –, as coisas começam a clarear mais, o entendimento fica mais fácil.
Só que existem muitas pessoas para confundir, afinal, algumas delas até ganham dinheiro (e muito) com isso. Um dos exemplos de confusão está no sobe-e-desce das cotações das ações, nas Bolsas de Valores, e de moedas como o dólar, nos mercados cambiais. Muitas pessoas acham que isso é reflexo puramente econômico, quando na realidade é algo muito mais ligado às questões políticas.
O índice da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, simplesmente mede o desempenho médio de uma carteira teórica em que estão listadas ações mais negociadas de empresas de capital aberto com papéis negociados lá. Dentre eles estão dois bancos, duas empresas exportadoras de commodities, uma empresa do setor de consumo não durável e a empresa da própria Bolsa, ou seja, está longe de refletir as reais tendências da economia.
Já o PIB, que mede o quanto o país produz, mesmo que por empresas estrangeiras, mas em solo brasileiro, esse sim mede a economia e está dando sinais negativos e com projeções bem baixas.
Resumindo, a Bolsa pode voar e a taxa de câmbio cair, mas a atividade econômica pode estar longe de se recuperar. Quer saber um pouco mais? Eu te conto! •

Esse artigo também foi publicado no Jornal de Uberaba e o no Portal Uberaba Online em Junho de 2020.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

4.4 CILINDRADAS

Escrevo esta crônica no fim da tarde de quarta-feira, 06 de maio, dia em que completo 44 anos de vida. As redes sociais hoje já fazem bem o papel de lembrete de aniversário então choveram felicitações. Gente que eu nem lembrava que existia me mandou parabéns, o que é bom, já que, como disse, eu nem lembrava que a pessoa existia. A propósito, aproveito e estendo aqui o que fiz em outros lugares e agradeço as felicitações, as palavras e o carinho de todos. Desde a noite passada tenho refletido muito sobre o quanto sou muito agradecido por todas as coisas que aconteceram comigo, pelas bênçãos e aprendizados. Sou grato pela ajuda e amizade de várias pessoas, inclusive a sua, meu estimado leitor.
Antigamente, esse negócio de aniversário era diferente. Eu me lembro de cada fase e como eu reagia. Quando era criança, já odiava o fato de minha irmã fazer aniversário dois dias depois do que eu, então, era uma festa só, e dependendo de como o final de semana se encaixava, a festa poderia ser no meu aniversário, no dela ou de nenhum dos dois. Independentemente, o bolo era dividido, os parabéns eram cantados duas vezes e não raros os casos de presentes compartilhados, como foi, por exemplo, o caso de um videogame Atari.
Ainda na infância, já mais para o fim da década de oitenta, a gente morria de medo de ir para a escola e tomar uma “ovada”, eu ainda mais, pois tinha que pegar ônibus para voltar pra casa. Muitos da minha escola faltavam nessa data.
Uma data marcante de meus aniversários foi a de 2006, quando completei trinta anos. Fiquei tão chocado porque estava saindo da casa dos vinte (e entrando na dos “nta”), que resolvi pular de paraquedas. Juntei um grupo de amigos e fomos para Boituva (SP). Foi espetacular. Até hoje me lembro dos detalhes, qualquer hora escrevo sobre isso, embora a sensação de pular de um avião em pleno voo seja indescritível.
E pra fechar, quero dizer que escrevi um livro que com certeza vai mudar a sua vida, não é nada daquelas coisas teóricas com práticas mirabolantes, é algo fácil de fazer e que depende exclusivamente de você, falando abertamente e de modo simples. Só não vou dizer mais porque depende de trâmites da Editora, já que tudo foi adiado, por enquanto. Fiquem ligadinhos aí que em breve eu trago mais notícias sobre isso. Bom, é isso. Aproveite esse momento para estudar, se aperfeiçoar e aprender mais sobre você mesmo. Cuide-se, cuide dos que você ama, pense e aja de maneira positiva.
4.4 cilindradas... Tamo junto e é só o começo. •

Esse artigo também foi publicado no Jornal de Uberaba e o no Portal Uberaba Online em Maio de 2020.

domingo, 19 de abril de 2020

ENGOLE O CHORO E VIDA QUE SEGUE


Nesse tempo de quarentena, o que mais vejo é pessoa reclamando. Quando não é sobre a pandemia do coronavírus, é sobre a economia, ou por ter que ficar em casa, ou que o marido ou a esposa não fazem nada ou fazem demais... Enfim, a lista é longa. Não importa se estamos vivendo uma crise sanitária, econômica ou social. O que você está fazendo para mudar o seu mundo? Vejo muita especulação e pouca ação.

O ser humano costuma ter medo principalmente de ficar pobre, de morrer, de ficar doente, de sentir dor, de ficar velho ou de receber crítica. Obviamente que não necessariamente nessa ordem.

Aproveite o momento para rever seus conceitos, para se reinventar. A motivação vem a partir de você, que deve reconhecer as coisas boas e ruins que você mesmo esteja sentindo na pele. Pare de culpar o mundo por tudo e veja o que você pode fazer para resolver o que apenas você pode resolver.

O problema maior está na chamada “zona de conforto”, que nada mais é que um ciclo onde a pessoa encara sua realidade estabelecendo o que ela acredita ser verdade, agindo dessa forma. Poucos são os que fazem algo diferente e saem desse ciclo mudando a situação, encarando os desafios que aparecem quebrando esse paradigma.

Desde criança, agimos conforme os modelos que nos influenciam a seguir o caminho chamado vida. Você foi treinado para fazer a maioria das coisas que faz hoje, e isso inclui reclamar e não fazer nada além disso. Hoje, porém, com a internet, vivemos na era do conhecimento. Tem gente formada com pós-doutorado que recebe menos dinheiro do que quem não tem sequer o segundo grau. Isso mostra que a proatividade não apenas em buscar conhecimento, mas colocar o que aprendeu na prática, traz inúmeros benefícios para aqueles que fazem o que a maioria não faz ou apenas age de acordo com o que os mais velhos lhe ensinaram.

Concordo que o momento é de incertezas. Das mensagens que recebo e das conversas que tenho, a maioria demonstra seus medos com perguntas como “quanto tempo vai durar essa quarentena?”, “será que a economia vai quebrar?”, “será que alguém que conheço, seja amigo ou da família, ou até mesmo eu vou pegar essa doença?”. O essencial nesse momento de confusão e inseguranças é entender o que fazer com os seus receios, sejam eles quais forem, pois o medo isolado prejudica. Ele te tira do mercado, deteriora seus relacionamentos, te leva para o caminho da depressão e das doenças da mente.

O que fazer então? Como isso é uma coisa que você precisa resolver consigo mesmo, vá para um local reservado e escreva em um papel tudo aquilo que você considera negativo que está acontecendo contigo, só de fazer isso você já vai conseguir identificar de fato tudo aquilo que te deixa apreensivo. Em seguida, reflita, lamente, chore, enfim, ponha pra fora suas emoções e jogue fora tanto o papel quanto os sentimentos, olhe pra frente e não fique voltando nesses assuntos.

Algumas pessoas, no entanto, ao invés de medo estão com raiva do mundo. O que é ainda mais fácil para conseguir virar o jogo, pois isso pode ser usado ao seu favor, basta que a raiva seja canalizada da forma correta. Ao invés de descontar até em que não tem nada a ver com isso, comece a olhar pra dentro de você e racionalizar o que deu errado. Se a sua empresa está agora em situação ruim, o que você fez com seu fluxo de caixa? Está apertado financeiramente? Por que não fez uma reserva de emergência? Deixe de “mimimi” e pare de culpar o mundo por suas escolhas erradas, reveja suas atitudes identificando onde você pode melhorar e ponha em ação. Não adianta ficar irritado, o que passou, passou. Faça seu dever de casa e bola pra frente.

Li uma matéria no jornal essa semana onde mostrava que muita gente enriqueceu mais ainda nesse período. Empresas de entrega, restaurantes, supermercados, farmácias, em especial as comercio eletrônico, foram as que mais lucraram. Essa gente, ao invés de ficar se lamentando, foi atrás de seus objetivos. Eu tenho certeza de que alguma coisa você também ganhou e provavelmente nem reconheceu ainda. Talvez você tenha ganhando mais saúde porque saiu de uma rotina acelerada para uma que te possibilitou descansar, dormir um pouco mais, talvez tenha melhorado seus laços familiares, já que passou mais tempo com eles, talvez tenha finalmente conseguido organizar aquilo que planejava, já que não tinha tempo. Observe bem que alguma coisa de positivo aconteceu. Seja qual beneficio você tenha adquirido, agradeça.

Seja medo, raiva, ansiedade ou qualquer outra coisa que você esteja sentido, converse com sua família ou amigos próximos. Não precisa se abrir ou despejar toda a sua angústia como se eles fossem seus psicólogos, basta que você dialogue de maneira aberta. Muitas vezes as pessoas de fora veem o que a gente não consegue. Talvez a resposta pra tudo esteja bem ali na sua frente, mas você ainda não viu. Se estiver achando que está em um buraco, pare de cavar e saia. Errou? Conserte o deslize e segue o jogo.

O excesso de motivação não compensa a falta de ação. O que conta é o que você faz e não o que pensa apenas. •



Esse artigo também foi publicado no Jornal Folha de Nanuque em Maio de 2020.